
CEO & Fundadora
O mercado de energia brasileiro é vasto e dinâmico, e muitas vezes desperta curiosidade sobre como a eletricidade é gerada, comercializada e distribuída até chegar às nossas residências e empresas. Compreender as nuances deste setor é fundamental para que, tanto indivíduos quanto gestores de empresas, possam fazer escolhas mais assertivas e tomar decisões estratégicas sobre o consumo de energia.
Neste artigo, vamos explorar o mercado livre de energia, destacando quem pode se beneficiar desse modelo e as vantagens que ele oferece. Vamos abordar os requisitos para migração, as oportunidades disponíveis e como a abertura do mercado em 2024 ampliou as possibilidades para diferentes perfis de consumidores.
Atualmente, todos os consumidores de energia do Grupo A, ou seja, aqueles conectados à rede de distribuição ou transmissão elétrica que operam com tensões iguais ou superiores a 2,3 quilovolts (kV), podem migrar para o mercado livre de energia.
Os clientes deste grupo, quando ainda estão no mercado regulado, possuem dois contratos com a distribuidora local:
Para migrar do mercado regulado para o mercado livre de energia, o consumidor precisa avisar à distribuidora que está rescindindo o CCER, pois não vai mais comprar energia diretamente da distribuidora. Atualmente, a regra é que esse aviso à distribuidora seja feito com 6 meses de antecedência à data pretendida de encerramento do contrato. Após a efetivação da migração, o consumidor continuará usando a rede da distribuidora, mantendo o CUSD ativo, porém o CCER é denunciado (termo usado no setor) e o consumidor passa a comprar energia livremente do mercado, do fornecedor de sua escolha.
Até o ano de 2023, apenas os consumidores com demanda contratada acima de 500 kW eram autorizados a migrar para o mercado livre de energia, com a possibilidade de atingir esse mínimo necessário por meio da comunhão de cargas em duas modalidades:
Em ambos os casos, a soma da demanda das unidades consumidoras na comunhão precisava ser, no mínimo, 500 kW de demanda contratada com a distribuidora, em um mesmo submercado, para que pudessem migrar para o mercado livre de energia. Uma particularidade importante desse tipo de consumidor é que ele pode contratar apenas energia de fonte renovável, chamada energia especial, que geralmente é mais cara do que a energia convencional.
Em 2024, houve a abertura do mercado livre de energia por meio da figura do consumidor varejista. Com isso, houve uma expansão significativa do mercado. A partir de janeiro deste ano, todas as empresas conectadas em alta tensão (Grupo A) passaram a ter a opção de ingressar no ambiente de contratação livre (ACL), independentemente da demanda contratada. Isso incluiu pequenos comércios, padarias, supermercados e hospitais.
Portanto, os consumidores com demanda contratada abaixo de 500 kW já podem migrar para o mercado livre. A diferença é que esses consumidores só podem fazer a migração por meio de um comercializador varejista, que é um agente que representa consumidores e geradores de energia junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já os consumidores com demanda igual ou superior a 500 kW podem optar por migrar para o mercado livre de energia de duas maneiras: por meio de um comercializador varejista ou de forma independente, tornando-se consumidores atacadistas, ou seja, agentes independentes na CCEE.
É importante notar que, mesmo os clientes que já estão no mercado livre de energia podem reavaliar seu perfil e, se identificarem uma melhor oportunidade, mudar sua situação. Ou seja, se um consumidor livre achar interessante e vantajoso se tornar um consumidor varejista, ele pode fazer a alteração de modalidade.
Cada consumidor deve fazer uma análise de custo-benefício para determinar qual é a melhor modalidade para migrar para o mercado livre de energia ou para se ajustar, mesmo após a migração. Cada modalidade tem seus prós e contras, que precisam ser considerados para que o cliente tome a melhor decisão. É essencial levar em consideração que, na contratação de energia, não se deve focar apenas no preço, mas também no fornecedor e em todas as características do produto ofertado.
Explorar o mercado livre de energia pode ser a chave para transformar os custos de energia em uma vantagem competitiva. Entender as nuances deste mercado permite tomar decisões mais estratégicas e informadas, seja para otimizar o consumo ou para ampliar as oportunidades de negócios.
Se você tem dúvidas sobre as possibilidades do mercado livre de energia ou deseja se desenvolver profissionalmente neste setor, estou à disposição para ajudar. Ofereço mentoria e treinamentos especializados para capacitar profissionais e empresas a maximizar seus resultados e aproveitar ao máximo as oportunidades desse mercado dinâmico.
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